sexta-feira, 8 de julho de 2011

I(we)'ll find a way...


Qual a pior decepção que você teve? A pior coisa que ouviu e se amaldiçoou em cada segundo? Qual a pior verdade, que nunca desejou saber? Quando destruíram teus sonhos? Quando destruíram tudo em ti que você mais se orgulhava? Quantas vezes pediram demais de você, e desesperadamente você tentou dá o que pediam? Quantas vezes souberam que você era vulnerável diante de alguma situação e fingiram não se importar? Quantas pessoas machucaram você? Iludiram você? Prometeram e sumiram? Prometeram e não deram valor a nenhuma das coisas prometidas?

Você tem seus princípios, suas opiniões, seus sentimentos. Mas sempre haverá alguém pra menosprezar isso. Pra dizer que não é bom suficiente, que não é forte suficiente, que é uma besteira. Ninguém é feliz com o que tem, e nunca serão. Acha que é forte suficiente pra isso?

quarta-feira, 23 de março de 2011

...forgive me.


Enquanto a voz se negava todos os dias a mencionar o motivo que a inquietava, seus olhos denunciavam todo o vazio dentro de si. Enquanto negava-se a ter esperanças, toda nova descoberta a machucava. Enquanto enxugava suas (agora) raras lágrimas na toalha, tentando convencer a si mesma que a tristeza iria embora com a àgua, sua alma suplicava por simples atos de saudades. Enquanto o sono desaparecia e o relógio apontava cada vez mais tarde, a vontade de se camuflar na cama até o fim dos dias clamava ainda mais forte. Enquanto ela reunia forças pra dizer "Tudo bem" e levantar todo dia para seguir a diante, todo dia ela parecia cada vez mais distante de ser ela mesma.

É possivel voltar a sorrir quando você nomea outro alguém como dono da sua felicidade?

O tempo ameaçando torna-se seu pior inimigo. Quem tivesse a coragem de lhe dizer que o tempo a curaria, não deveria sequer imaginar quanto tempo ela estava perdendo tentando esquecer, tentando não sofrer, tentando se levantar e muitas vezes caindo de novo ao sentir a falta dele. Principalmente tentando aceitar todas as respostas de suas próprias dúvidas. E não... Tempo não cura, apenas adormece.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Com o coração aberto...


"Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos motiva.

É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas. Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida."

- Ana Jácomo

domingo, 2 de janeiro de 2011

As much as I ever could...



Sábios são aqueles que fazem de sua dor uma obra de arte.
Aos imcompreendidos que lotam esse mundo de boas dolorosas músicas e lindos marcantes textos.
Os que raramente sabem seus reais significados até que... A realidade bate na sua própria porta, enchendo sua alma de fatos dolorosos e surreais. Vivenciando uma melodia.
Sábios são aqueles que transformam seus medos em algo admiravel.
Abrindo portas e janelas de emergências aos que virão usurpar sua pequena grande dor, para assim dizer: “Você, meu caro, não está sozinho nessa”.
Eu não estou sozinha...
Aos com seus espiritos perturbados, lotados de pequenas cicatrizes. 
Aos que amaram, se feriram e se viram rastejando-se no chão à procura de um meio alternativo de escapar de uma morte lenta e sofrida.
Aos pesadelos que teimam em brincar com seus temores. Felizes ao se fazerem lembrados.
A dor que ainda perambula tão firme e segura de si em seu inconsciente. Aos poucos fazendo-se entender que não há nenhum meio simples de afogar tanta angustia, nem mesmo de escapar de você mesmo.