sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Innocence gone, never take friendship personal"


Jullho: O verdadeiro início dessa história. Foi quando minha mente me aprisionou dentro de si mesma. Em poucos dias me abriu uma janela de por quês, de pensamentos, de reflexões, mas nenhuma resposta. No momento não sabia, mas eu me perderia ainda mais.

Agosto: Estava de frente a uma parede vazia, onde eu não poderia tocar, na verdade nem sequer eu conseguiria rabiscar uma linha reta se pudesse. Todos os dias seguintes a este fato foram totalmente automáticos.
Meus olhos não refletiam mais luz, meus pensamentos cada vez mais escassos, eu não entendia, nenhuma pessoa seria capaz de entender. Eu me deixei entrar num labirinto, onde, incansavelmente tentaria achar uma saída, pra poder dizer quem eu sou novamente, ou talvez nem haveria um eu mais.

Setembro: Desespero, esta é a palavra certa. Bloqueio mental, os sonhos viraram pesadelos e pra quem nunca os teve, isso soou tão doloroso quanto a realidade. Eu queria descobrir o que eu era, o que me faz sentir, mas as palavras não se encaixavam mais, eram tão soltas e vagas que voavam em segundos. Uma mudança tão radical de mim mesma que me fez perder a delicadeza. Talvez fosse momento, talvez fosse a dor, talvez fossem as làgrimas diárias, mas não teria como voltar atrás, não dessa vez.

Outubro: Dezesseis anos, dois anos atrás, dois mil e oito.
Estou vivendo a mais dolorosa metamorfose. Expelindo minhas fraquezas, meus medos. Até agora só deixo escrito no meu espelho uma coisa, uma única coisa: "Viva e se deixe viver". That's it.